Interligação de Roraima ao Linhão de Tucuruí só deve ficar pronta em 2018
Afirmação foi feita em palestra pelo secretário de planejamento de Roraima. Interligação vai ‘garantir integração ao SIN e confiabilidade’, disse Henklain.
A obra de interligação de Roraima ao Linhão de Tucuruí, no Amazonas, só deve chegar a Boa Vista em 2018, segundo o secretário estadual de Planejamento de Roraima, Alexandre Henklain. A afirmação foi feita na terça-feira (5) em uma palestra sobre questão energética, em Boa Vista.
Conforme Hencklain, a construção do Linhão conectará o estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), garantindo energia mais confiável e segura do que a fornecida pela Venezuela através do Linhão de Guri.
No início de dezembro de 2015, a presidente Dilma Roussef anunciou a emissão da liberação da licença provisória para a construção do Linhão de Tucuruí. Antes disso, o estado enfrentava um impasse para a obra, que devia ter sido inaugurada em 2015, mas não saiu do papel porque etapas para o procedimento de licenciamento ambiental não ocorreram.
“Quando isso acontecer [interligação do estado ao Linhão de Tucuruí], nós vamos sair de uma situação muito difícil que ainda hoje enfrentamos para uma situação bastante interessante, porque seremos o único estado do país interligado ao sistema energético de dois hemiférios [Brasil e Venezuela]”, considerou Henklain.
No entanto, antes da finalização da obra e devido às constantes quedas de energia que ocorrem no estado, Henklain disse que o Governo Federal também cogita instalar ainda em 2016 mais uma usina termelétrica para abastacer o estado.
“Como essa obra de Tucuruí não aconteceu de 2012 a 2015, o governo é compelido a construir esse parque termelétrico complementar”, afirmou acrescentando que vê com preocupação a dependência do estado à energia térmica.
Na palestra, o secretário afirmou que as constantes quedas de energia que o estado têm enfrentado, ocorrem porque os cabos que ligam o estado à Venezuela são muito antigos e não passaram por manutenção desde que foram instalados em 2001.
“Apesar do contrato entre o estado e a Venezuela para que o país fizesse a manutenção e troca do cabos, isso acabou não sendo realizado. Então, essa linha envelheceu e com isso, muito mais por problemas de transmissão do que de produção, a Venezuela foi diminuindo cada vez mais a energia, ocasionando as oscilações que ocorrem hoje”, explicou.
Ainda no evento, Henklain comentou sobre a possível construção dsa hidrelétricas no estado e garantiu que Roraima não defende a instalação de hidrelétrica nas corredeiras do bem querer, em Caracaraí. “Também não fomos procurados pelo governo federal para discutir esse tema”, afirmou.
Por: Emily Costa
Fonte: G1
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